O presidente Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, não julgou na sessão plenária desta quinta-feira (18) o pedido para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva compusesse a lista de réus no caso do mensalão do PT, suposto esquema de pagamentos em troca de apoio político.
A sessão foi encerrada mais cedo, porque os ministros vão participar de um evento no Tribunal Regional Federal da 1ª região, em Brasília, para a cerimônia de posse da juíza federal Mônica Sifuente, segundo informou a assessoria de imprensa da Corte.
Com isso, deve ficar para a próxima semana a análise da proposta da defesa do deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ), responsável pelas denúncias que revelaram o escândalo, em 2005. No esquema, segundo Jefferson, o governo teria comprado apoio de aliados no Congresso no primeiro mandato de Lula.
O advogado de Jefferson, Luiz Francisco Corrêa Barbosa, alega que o tribunal precisa resolver uma contradição: por que Lula foi arrolado como testemunha se ex-ministros foram denunciados por supostamente comprar o apoio de deputados a projetos de sua autoria enviados ao Legislativo.
Segundo informações da agência Reuters, dificilmente o presidente será qualificado como réu no processo, uma vez que esse pedido já foi negado várias vezes, e o autor da denúncia, a Procuradoria Geral da República, também não incluiu o presidente na lista de 40 réus.
Outras 40 pessoas estão na lista dos envolvidos do esquema, entre eles os ex-ministros José Dirceu (Casa Civil), Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação) e Anderson Adauto (Transportes), além dos deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Professor Luizinho (PT-SP), Roberto Jefferson, Valdemar Costa Neto (PR-SP).
Fonte: UOL – Notícias