Gostaria de deixar registrado nesse blog os mandamentos do advogado proferidos pelo ilustre Ruy Barbosa, que, infelizmente, se (a)parecem “sumidos” ultimamente.
“Legalidade e liberdade são as tábuas da vocação do advogado.
Nelas se encerra, para êle, a síntese de todos os mandamentos.
Não desertar a justiça, nem cortejá-la.
Não lhe faltar com a fidelidade, nem lhe recusar o conselho.
Não transfugir da legalidade para a violência, nem trocar a ordem pela anarquia.
Não antepor os poderosos aos desvalidos, nem recusar patrocínio a estes contra aqueles.
Não servir sem independência à justiça, nem quebrar da verdade ante o poder.
Não colaborar em perseguições ou atentados, nem pleitear pela iniqüidade ou imoralidade.
Não se subtrair à defesa das causas impopulares, nem às das perigosas, quando justas.
Onde fôr apurável um grão, que seja, de verdadeiro direito, não regatear ao atribulado o consôlo do amparo judicial.
Não proceder, nas consultas, senão com a imparcialidade real do juiz nas sentenças.
Não fazer da banca balcão, ou da ciência mercatura.
Não ser baixo com os grandes, nem arrogante com os miseráveis.
Servir aos opulentos com altivez e aos indigentes com caridade.
Amar a pátria, estremecer o próximo, guardar fé em Deus, na verdade e no bem.”
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