Senadores de diversos partidos condenam ação dos sem-terra em fazenda paulista; José Sarney diz que “excessos devem ser investigados”.
As imagens, mostradas pela Rede Globo, de um integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) usando um trator para destruir um laranjal em uma fazenda da empresa Cutrale, no interior de São Paulo, levaram senadores de vários partidos a condenar ontem o que classificaram de “vandalismo”, “truculência” e “terrorismo”.
O presidente do Senado, José Sarney, reconheceu que houve excessos “que devem ser investigados”. Sarney lembrou que recentemente defendeu o MST e disse que é contra “a criminalização e a demonização desse movimento, embora tenha ressalvado que os excessos precisam ser apurados e reprimidos”.
Kátia Abreu (DEM-TO) condenou as invasões de terras. Arthur Virgílio (PSDB-AM) afirmou que o MST “merece ser punido com os rigores da lei”. Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse que o governo não poderia ficar omisso. José Agripino (DEM-RN) salientou a importância do agronegócio.
“O setor produtivo tem que ser respeitado”, disse Osmar Dias (PDT-PR). Para Jefferson Praia (PDT-AM), o MST “precisa fazer uma autoavaliação”. Renato Casagrande (PSB-ES) disse que os métodos do MST “não acrescentam nada ao projeto de reforma agrária”. Garibaldi Alves (PMDB-RN) pediu “um basta”. Gilberto Goellner (DEM-MT) classificou o MST de “movimento anarquista”.
Eduardo Suplicy (PT-SP) defendeu a reforma agrária, mas criticou a atitude do MST. Valter Pereira (PMDB-MS) declarou-se indignado com as cenas de destruição. Para Demostenes Torres (DEM-GO), o Senado deve investigar o MST. E Marisa Serrano (PSDB-MS) condenou a “truculência” do movimento.
Fonte: Jornal do Senado