24 mar 2010 @ 6:56 PM 


Jereissati (à direita, com Jucá) está concluindo proposta que poderá atrair consenso, mas sem prejudicar estados produtores

Líder diz que, se não houver entendimento sobre royalties até maio, dispositivo poderá ficar para depois das eleições, mas sugestão é rechaçada pelo líder do PSDB.

A base governista tentará construir, até o início de maio, um acordo sobre a distribuição entre União, estados e municípios, dos royalties do petróleo na camada pré-sal. Caso não seja possível, os dispositivos que tratam dos royalties poderão ser excluídos do projeto que define o regime de partilha para a exploração em águas ultraprofundas – e votados somente após as eleições.

A proposta foi apresentada pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), durante encontro de nove senadores da base aliada com o presidente Lula anteontem. O líder adiantou à Agência Senado que buscará um entendimento até a data limite para a votação na Casa dos projetos que regulamentam a exploração do pré-sal, todos em regime de urgência constitucional.

Em discurso pronunciado ontem no Senado, o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), anunciou que o bloco oposicionista não aceita nem a urgência (votação em 45 dias) nem o adiamento do debate sobre royalties.

– Não vamos colocar eleição como impedimento, nem como recurso, nem como subterfúgio para nada. O Brasil tem de enfrentar os seus problemas com ou sem eleição. Isso não nos interessa e não deve interessar a um país que tem preocupação com uma política energética séria.

Segundo ele, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) está finalizando uma proposta que poderá atrair o consenso de forma que “todos os Estados participem das riquezas”, mas sem prejudicar “dois Estados queridos, importantes para o País, como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo”.

Na reunião com os senadores, Lula ressaltou a sua preocupação em manter a unidade da base e recomendou a busca do consenso para evitar que disputas regionais coloquem em risco a aprovação dos projetos.

– Lula disse que o ponto principal não são os royalties, mas a partilha. O que é principal está sendo visto como secundário – relatou Inácio Arruda (PCdoB-CE).

Um novo acordo, informou, poderá surgir a partir de emendas do relator do projeto na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), derrubadas com a aprovação da proposta do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), para redistribuição do total dos royalties entre estados produtores e não produtores.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) anunciou que apresentará emenda para criar uma compensação temporária da União aos estados produtores, cujos representantes defendem a rejeição da Emenda Ibsen.

– Hoje, temos sete senadores que não vão aceitar votar nada antes disso – garante Marcelo Crivella (PRB-RJ), também presente ao encontro com Lula, referindo-se aos senadores do Rio de Janeiro, do Espírito Santo e a Romeu Tuma (PTB-SP).

Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) defendeu uma solução que contemple especialmente os estados mais pobres.

– Se não fizermos isso, daqui a pouco vamos ter uma guerra de secessão – alertou.

Fonte: Jornal do Senado

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Posted By: TFSN
Last Edit: 24 mar 2010 @ 09:57 PM

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