30 nov 2009 @ 6:36 PM 

Ele disse que dinheiro que aparece recebendo foi contabilizado. Governador afirmou que permanece no Democratas ‘até o final’.

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), negou nesta segunda-feira (30) as acusações feitas pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, de pagamentos a deputados da base aliada em troca de apoio, e leu um comunicado à imprensa em que diz que seu governo contrariou interesses empresariais. Segundo ele, todo o dinheiro que recebeu era legal. Em sua primeira aparição pública desde o início das acusações, na última sexta-feira (27), ele disse que não pretende deixar o DEM.

O governo do Distrito Federal é investigado em inquérito do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. A investigação trouxe à tona denúncias de suposta distribuição de recursos ilegais a aliados do governador. Na sexta-feira (27), policiais apreenderam documentos e computadores em gabinetes e casas de deputados distritais, secretários do primeiro escalão do governo do DF e empresas. Também foram feitas buscas na residência oficial do governador.

Arruda disse que o dinheiro que aparece recebendo de Barbosa em gravações feitas pelo ex-secretário é legal. “Os recursos eventualmente recebidos do denunciante [Barbosa] para ações sociais, nos anos de 2004, 2005 e 2006, entre os quais o que foi exibido pela TV, foram regularmente registrados ou contabilizados, como o foram todos os demais itens da campanha eleitoral”.

Arruda disse ainda que seu ex-secretário de Relações Institucionais ocupava um cargo “meramente burocrático” no governo e que Durval responde a 32 processos “por atos praticados no governo anterior”.

Na montagem de seu governo, Arruda relatou que Barbosa pediu para continuar na Condeplan e mesmo após saber das denúncias contra o servidor resolveu mantê-lo como seu servidor, mas fora da área de informática.

Segundo Arruda, seu governo reduziu os gastos no setor em 50%, em relação ao governo passado. “Isso contrariou muitos interesses políticos e empresariais”, disse. Ele afirmou ainda que seus advogados estão analisando o caso antes de se pronunciar.

Arruda leu o comunicado ao lado do advogado pessoal, José Eduardo Alckmin, e do advogado partido, Flávio Curi, e estava com o pé direito imobilizado. O governador salientou ainda, em outro ponto do comunicado, que no diálogo gravado no dia 21 de outubro passado em que ele aparece negociando divisão de dinheiro para parlamentares da base aliada, houve “defeitos” no aparelho de gravação, conforme constaria nos autos.

“A avaliação preliminar dos nossos advogados me alerta que os supostos defeitos ou aquecimento e resfriamento do aparelho de gravação conforme consta dos autos acabaram por truncar e comprometer o teor e o sentido da conversa, inclusive com a desconfiguração dos dados armazenados”, disse.

Arruda disse ainda que “o denunciante [Barbosa] propunha dias antes do encontro a realização de pesquisas, conversas para acordos políticos e doações para campanhas por empresários amigos dele”. O governador disse que não aceitou. “Deixamos claro que não aceitaríamos essas doações pois só cuidaríamos de campanha no próximo ano e sugerimos apoio às campanhas de deputados da base de apoio ao governo na forma da lei.”

Sobre o restante do processo, Arruda disse que não apresentaria nenhuma posição. “Os nossos advogados estão analisando detalhadamente os autos para, no momento apropriado, apresentar nossas posições.”

Permanência no partido

Arruda disse que vai colaborar com tudo o que for necessário para as investigações do Ministério Público e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Após ler o pronunciamento, ele foi questionado sobre sua permanência no Democratas. Ele disse que continuará no partido. “Estamos juntos até o final.”

Entretanto, o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirmou nesta segunda-feira (30) que a decisão do partido sobre o futuro do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, será tomada apenas nesta terça (1º), em reunião da Executiva Nacional.

“Essa é uma decisão que a Executiva vai tomar amanhã [terça]. No estatuto do partido, há varias alternativas. Essas denúncias são muito graves, é fundamental que o governador faça a sua defesa, e a forma como o partido vai se portar será decidida amanhã. O partido não vai se omitir”, disse Rodrigo Maia. A executiva do DEM é formada por 20 pessoas.

Com as denúncias, três partidos da base aliada do governo Arruda –PPS, PDT e PSB – anunciaram nesta segunda que entregarão os cargos que ocupam na administração.

Fonte: G1 – Globo

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Posted By: TFSN
Last Edit: 30 nov 2009 @ 08:37 PM

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