Foi remarcada para amanhã, às 11h, a reunião de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. Devem ser eleitos o presidente e o vice-presidente da comissão. O presidente deverá, então, indicar o relator da CPI.
A instalação da comissão de inquérito deveria ter ocorrido ontem, mas o senador Paulo Duque (PMDB-RJ), que presidiria a reunião por ser o parlamentar mais idoso do colegiado, adiou a instalação por falta de quórum (número suficiente de senadores presentes).
O líder do Bloco de Apoio ao Governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), afirmou que os senadores governistas – oito dos 11 membros da comissão – só dariam quórum para a eleição se os parlamentares oposicionistas abrissem mão da relatoria da CPI das ONGs.
Já os parlamentares oposicionistas creditaram o ocorrido a uma manobra dos governistas para ganhar tempo e solucionar um impasse interno entre senadores do PT e PMDB para escolher quem comandará a comissão. O líder do DEM, José Agripino (DEM-RN), afirmou em Plenário que a possibilidade de a oposição desistir da relatoria da CPI das ONGs “é zero”.
O senador oposicionista Arthur Virgílio (PSDB-AM) foi indicado relator pelo presidente da CPI das ONGs, Heráclito Fortes (DEM-PI), quando Inácio Arruda (PCdoB-CE) teve que desistir do cargo ao ser indicado para participar também da CPI da Petrobras.
Após uma espera de menos de 15 minutos, o senador Paulo Duque informou à imprensa presente na sala onde seria instalada a CPI da Petrobras que a reunião não ocorreria. Ele disse que não havia senadores suficientes na sala para fazer a instalação.
Às 14h13 apenas Paulo Duque e o senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA) estavam presentes. A comissão tem 11 membros, sendo apenas três da oposição. Antonio Carlos Júnior disse que houve uma “manobra de baixo nível e inadmissível” do governo para obstruir a comissão. “Querem avacalhar a CPI no primeiro dia”, afirmou.
Fonte: Jornal do Senado