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Na primeira entrevista coletiva, presidente promete dinamizar o Senado com reforma do regimento e medidas para agilizar votações e garantir prerrogativas do Legislativo na definição de sua pauta.

O presidente do Senado, José Sarney, suspendeu na semana passada qualquer compra ou obra na Casa até que se faça uma avaliação das prioridades e da maneira como a instituição deve proceder nessas aquisições.

Ele reiterou que continuam sendo analisadas medidas para viabilizar a economia anual de 10% dos gastos com a máquina administrativa da Casa.

– Esses cortes já estão todos levantados, de modo que rigorosamente vamos fazer chegar ao fim do ano a nossa meta, um compromisso do qual não me afastarei – garantiu.

Entre as ações de sua primeira semana de gestão, Sarney destacou a criação da comissão para o acompanhamento da crise global, integrada pelos senadores Francisco Dornelles (PP-RJ), Pedro Simon (PMDB-RS), Marco Maciel (DEM-PE), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Aloizio Mercadante (PT-SP). A comissão deverá apresentar sugestões para minorar os efeitos da crise no país.

Na avaliação de Sarney, a crise planetária “é profunda, é muito grande” e não se pode antecipar seus desdobramentos.

– Estamos em uma sociedade não em transformação, mas em uma sociedade transformada, em que o modo de vida de todos foi afetado pelo contágio universal. Estamos em uma fase em que o mundo atravessa um período de desglobalização e os nacionalismos voltam a surgir. Estamos atravessando um momento da história no qual, como aconteceu com o comunismo, acontece com o capitalismo. Ele foi vítima de suas contradições, da mesma maneira que o comunismo – analisou.