A Biblioteca Ministro Oscar Saraiva (BMOS), do Superior Tribunal de Justiça (STJ), realizou nesta quinta-feira (26) uma solenidade em comemoração aos seus 60 anos. Criada em 28 de junho de 1948 no extinto Tribunal Federal de Recursos, no Rio de Janeiro, a biblioteca teve seu acervo transferido para Brasília em 1970 e em 1989 passou a integrar o STJ. Atualmente, o acervo reúne 160 mil publicações.
Na comemoração, o ministro Nilson Naves, representando o presidente do STJ, ministro Humberto Gomes de Barros, lançou novos serviços criados pela BMOS. Um deles é o “In Totum”, novo portal de periódicos eletrônicos jurídicos de livre acesso. Outra novidade é a coleção em braile doada pela Universidade Federal de Alagoas.
“NOTA DE ESCLARECIMENTO
Diante das controvérsias surgidas ontem, a propósito das diligências efetuadas pela Polícia Federal em dois gabinetes da Câmara dos Deputados, autorizadas por ministro desta Corte a pedido do Procurador-Geral da República, cumpre esclarecer que:
a) a ordem de busca e apreensão fez-se à luz dos procedimentos de praxe, estando respaldada inteiramente pelas boas práticas do devido processo legal;
b) entre as expressas cautelas ressalvadas no cumprimento da decisão, o ministro determinou, primeiramente:
A multa prevista no artigo 475-J da Lei n. 11.232/2005 pode ser aplicada nos processos de execução judicial em curso, mesmo que iniciados antes da vigência da lei. Mas, nesses casos, o juiz da causa tem que avaliar se a imposição da penalidade é viável. Com essa consideração, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu a aplicação da multa em uma ação de execução.
O artigo 475-J da lei que alterou o Código de Processo Civil (CPC) determina que, caso o devedor condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de 10%.
No caso julgado, a ação de execução judicial foi proposta antes da vigência da lei citada, assim como expedido o mandado de intimação da penhora. Mas o mandado só foi entregue à executada depois da vigência da lei. O juízo de primeiro grau recebeu os embargos da executada como impugnação e aplicou a multa. A Justiça de segundo grau negou agravo de instrumento, mantendo a decisão. Houve apresentação de recurso especial.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes, lançou na manhã desta terça-feira (24) o Sistema Justiça Aberta, que permitirá a qualquer cidadão ter acesso aos dados estatísticos do Judiciário.
O objetivo do sistema, desenvolvido pela Corregedoria Nacional de Justiça do CNJ, é permitir uma visão contextualizada do Poder Judiciário e buscar estratégias para resolver a questão da morosidade da Justiça brasileira.
“Nota de Pesar
“A vida plenamente atuante e produtiva de D. Ruth Cardoso relega a segundo plano o título de primeira-dama.
O Brasil presta homenagem, sim, à antropóloga, mestra, ativista social, cidadã de primeira hora, que nunca desistiu da luta pelo bem-estar dos brasileiros, principalmente dos mais necessitados”.
Brasília, 24 de junho de 2008.
Ministro Gilmar Mendes
Presidente do Supremo Tribunal Federal
“Não podemos pensar em ajuste do Poder Judiciário sem estabelecer a regra de que o Estado, em um embate processual, terá que dar o exemplo e se adiantar no cumprimento das decisões judiciais”, afirmou o ministro Humberto Gomes de Barros, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Conselho da Justiça Federal (CJF), durante a cerimônia de abertura do evento “Ciclo de Debates: Efetividade da Reforma Infraconstitucional da Legislação Processual Civil”.
Em seu discurso, o ministro Gomes de Barros destacou que há uma crítica constante ao Poder Judiciário por ser lento, ineficaz e até, por isso mesmo, injusto. Entretanto esquece-se que, na verdade, o Judiciário trabalha com leis, normas processuais estabelecidas pelo Poder Legislativo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta sexta-feira (20), o Projeto de Lei de Conversão (PLV) 13/08, proveniente da Medida Provisória (MP) 415/08, proibindo a venda de bebidas alcoólicas em estabelecimentos situados às margens de rodovias.
Embora proíba a venda de bebidas alcoólicas em bares à beira de rodovias, o PLV 13/08 permite que a venda seja praticada em estabelecimentos localizados nos trechos em que as rodovias atravessam perímetros urbanos. Ainda de acordo com o PLV 13/08, aprovado pelo Senado com várias emendas no dia 20 maio e, na Câmara, no início deste mês, passa a ser crime conduzir veículos com qualquer teor de álcool no organismo. O projeto acaba, assim, com a tolerância de até seis decigramas de álcool por litro de sangue do condutor, prevista na MP 415/08 e no Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97).
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, defendeu o direito de todo cidadão de ser informado, e criticou as restrições sofridas pela imprensa quanto à veiculação de matérias referentes às eleições municipais deste ano. As declarações foram dadas durante entrevista na tarde de hoje (20) ao jornalista Boris Casoy, da BandNews.
Segundo o ministro, “a imprensa tem todo o direito, sim, de informar, de interpretar as informações que veicula e de estender as críticas pertinentes sobre matérias como essas relativas ao processo eleitoral. Pensar-se de forma adversa seria, na verdade, conferir um enorme poder aos órgãos do Estado sobre as idéias, sobre as convicções, sobre a palavra e sobre as opiniões que os profissionais da imprensa manifestam no exercício legítimo de um direito que lhes é assegurado pela própria Constituição da República.
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie determinou o arquivamento de Ação Cível Originária (ACO 1182) em que o governo do Rio Grande do Sul contesta cobranças do INSS, relativas a contribuições previdenciárias incidentes em folhas de pagamento da Secretaria da Agricultura do estado.
Segundo a ministra, o processo não é de competência do STF. Por isso, ela determinou o envio dele para a 2ª Vara Federal da capital gaúcha, onde foi originalmente ajuizado pelo governo do Rio Grande do Sul.
O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, concedeu liminar ao governo do Piauí, garantindo-lhe o direito de não ser cobrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por débitos supostamente já alcançados pela decadência (de prazo maior que cinco anos).
A decisão, tomada na Ação Cível Originária (ACO) 1185, ajuizada pelo governo piauiense contra a União e o INSS, terá validade até o julgamento final da ação. Por ela, fica suspensa a exigibilidade dos créditos tributários constituídos na Notificação de Lançamento de Débitos (NFLD) nº 36.123.228-1 pertinentes a fatos geradores ocorridos entre maio de 1996 e dezembro de 2000.
A liminar atinge um total de R$ 5.150.915,79, relativo, segundo o governo do Piauí, a débitos já alcançados pela decadência. Essa quantia faz parte da mencionada NFLD, que totaliza R$ 19.429.192,12 e, portanto, deve ser abatida desse valor, enquanto não se decidir a causa. O ministro proibiu, também, a União e o INSS de tomarem quaisquer providências tendentes à cobrança de tais valores, bem como de aplicar penalidades e restrições em função da existência desses supostos débitos.
O presidente do Senado, Garibaldi Alves, afirmou, na manhã desta quinta-feira (19), que o estudo por ele encomendado à Consultoria Legislativa para a criação de uma alternativa à Contribuição Social para a Saúde, se acatado pelos líderes, poderá tramitar como um substitutivo ao texto que prevê a cobrança da CSS. Ele disse, contudo, não ter certeza do que acontecerá agora, visto que o próprio governo decidiu deixar para depois das eleições municipais a votação dessa matéria.
Os três ministros recém-empossados do Superior Tribunal de Justiça (STJ) estrearam nesta quinta-feira, dia 19, nas sessões de julgamento das Turmas que passam a integrar. Geraldo Og Fernandes, Luís Felipe Salomão e Mauro Campbell Marques foram homenageados pelos colegas. Os novos ministros foram empossados na última terça-feira (17).
Na Sexta Turma, tomou assento o ministro Geraldo Og Fernandes. O ministro Nilson Naves saudou o novo membro, destacando sua atuação na reestruturação do Judiciário de Guiné-Bissau e também o seu trabalho como magistrado no estado de Pernambuco. Afirmou ser uma honra para o Tribunal a presença do ministro Og. O representante do Ministério Público Federal, o subprocurador-geral Brasilino Pereira também apresentou boas-vindas ao novo integrante da Turma.
No final da tarde desta quinta-feira (19), os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se reuniram em sessão administrativa. Entre os temas discutidos na reunião, destacam-se o rodízio na presidência das Turmas, a criação de uma nova classe processual e a Corte do Mercosul.
Rodízio na presidência das Turmas
A partir de dezembro deste ano, os presidentes das Turmas terão mandato de um ano. Proposta de emenda regimental modificou essa regra, antes vitalícia, para um sistema de rodízio. A mudança foi sugerida pelos presidentes da Primeira Turma, ministro Marco Aurélio, e da Segunda Turma, ministro Celso de Mello.
O presidente do Senado, Garibaldi Alves, recebeu na manhã desta quarta-feira (18), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Brito, com quem conversou sobre a proposta de emenda à Constituição 12/06, que altera as regras para o pagamento dos precatórios em atraso. Ele comunicou ao presidente do Senado que, quando essa matéria chegar a Plenário, a OAB apresentará os mesmos argumentos expostos quando de sua votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).