Brasília – Prioridade do governo, a reforma tributária corre o risco de não ser votada no Congresso Nacional antes das eleições municipais de outubro. O relator da proposta, deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), já avisou: “Só vou colocar o relatório na comissão para ser votado com a certeza de que temos condições de votar os dois turnos no Plenário da Câmara, logo em seguida”, disse.
Mabel conversou com o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que vai levar o tema para a reunião de líderes marcada para a próxima terça-feira (1º). “Uma reforma tributária é uma assunto complexo, tem muitos pontos que precisam andar todos juntos. Nós não podemos votar um relatório e deixá-lo no vazio aí por três, quatro meses, até todo mundo voltar das eleições”, justificou o relator.
Depois de parar a Avenida Paulista por três sextas-feiras seguidas, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado (Apeoesp) enfrentará um inquérito civil para apurar excesso em suas manifestações. A promotora de Habitação e Urbanismo do Ministério Público de São Paulo (MP), Stela Tinone Kuba, abriu nesta sexta-feira (27) processo de investigação. O MP vai apurar se houve excessos e prejuízos à mobilidade dos moradores da capital paulista nos protestos de hoje e dos dias 13 e 20 deste mês.
O inquérito investigará ainda se o sindicato atendeu às exigências legais para fazer manifestações. É preciso avisar previamente a Polícia Militar (PM) e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), para que monitorem o protesto e orientem as pessoas que estão no local. Nos dias das manifestações, bloqueios na avenida – normalmente já congestionada – causaram até 2,2 quilômetros de lentidão.