Rio de Janeiro – O diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas, Carlos Geraldo Langoni, afirmou que a descoberta do pré-sal “se constitui em uma oportunidade concreta e histórica de se consolidar o novo padrão de desenvolvimento brasileiro, cujo fundamento é a economia de mercado, a competição e a mobilidade social”.
Langoni ressaltou o fato de as novas descobertas terem vindo em um momento em que o país tem uma economia de mercado sólida, um processo industrial elevado e credibilidade internacional.
“Deus é de fato brasileiro: nos deu essa riqueza – que na verdade é fruto de muito esforços e investimento em tecnologia pela Petrobras – no momento certo, com o agronegócio altamente competitivo, uma indústria eficiente e também competitiva e o setor de serviços cada vez mais dinâmico”
Langoni destacou que, ao contrário de outros países – em que a descoberta se deu na fase inicial de seu processo de desenvolvimento, o que levou a uma dependência excessiva do petróleo – no Brasil a descoberta coincidiu com o período em que o país “se transforma num agente importante a nível mundial” e que poderá vir a ser um grande exportador, por ter uma indústria já consolidada e diversificada.
Para o ex-presidente do Banco Central, o Brasil passa por um processo de transição econômica que o coloca na ante-sala do crescimento sustentado e essa descoberta poderá elevá-lo a um novo patamar de crescimento, que chegará a 5% a 6% ao ano , ao contrário dos dos 4,5% previstos atualmente.
Ele vê no modelo de concessão do pré-sal uma oportunidade única de confirmar e consolidar o processo de elevação rápida da taxa de investimento no país, que poderá saltar dos atuais 18% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de bens e serviços produzidos no país)para 25% a 26% do PIB em cerca de uma década. “O pré-sal se constituirá também em uma oportunidade de redução da vulnerabilidade externa do país e em mais uma oportunidade de intensificar o processo de desenvolvimento econômico”.
Langoni participa do seminário Os desafios do pré-sal, na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
Fonte: Agência Brasil
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