O relógio na parede do plenário da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) marcava 20h30 quando uma fila de servidores e ministros se formou para cumprimentar e se despedir de Eliana Calmon. Depois de 32 anos atuando como juíza, a primeira mulher a assumir uma cadeira num tribunal superior deixa a atividade no órgão para escrever seu nome, novamente, no capítulo do pioneirismo: em setembro, ela assume como corregedora nacional de Justiça.
A sessão de julgamentos da Primeira Seção nesta quarta-feira (25) marcou a despedida da ministra Eliana Calmon. O presidente da Seção, ministro Teori Albino Zavascki, iniciou o coro de agradecimento e felicitações que se seguiu – além dele e do ministro Castro Meira, o representante do Ministério Público Federal, um membro da advocacia e outro da advocacia pública aderiram às homenagens.
O ministro Teori descreveu como “inestimável” a colaboração e o enriquecimento que as posições da ministra Eliana Calmon sempre trouxeram para a Primeira Seção, colegiado que integra desde que chegou ao STJ, em 1999. “Foram marcas importantes e indeléveis”, disse. O ministro também afirmou que os colegas sentirão falta do seu talento, trabalho e garra nas sessões de julgamento. “Desejamos sucesso na missão que Vossa Excelência tem pela frente. Sabemos que está dotada de todas as ferramentas que terá de usar”.
Igualmente, o ministro Castro Meira, representando os ministros da Segunda Turma, órgão em que a ministra Eliana Calmon atua, rendeu homenagens. Revelou sua admiração pela magistrada e reconhecimento pela independência e bravura com que sempre atuou, mesmo antes de chegar ao STJ.
Com a voz embargada, a ministra Eliana Calmon disse que sai triste da Primeira Seção porque, em 32 anos de magistratura, nunca deixou de julgar em um só dia, com felicidade e com satisfação. “Assumir o CNJ é, para mim, um desafio. Este é um momento difícil pra mim, mesmo sabendo que fui eu quem escolheu este caminho”.
Ela contou que se sentiu desafiada porque é uma crítica ferrenha do Judiciário. “Eu não poderia deixar a magistratura sem dar uma contribuição na área que mais critico, que é a gestão do Poder Judiciário. Para ter legitimidade tudo o que venho dizendo todo este tempo, tive de assumir o compromisso de dar uma contribuição”, concluiu.
A ministra Eliana Calmon ainda continuará participando da Corte Especial enquanto acumular o cargo de corregedora nacional de Justiça no CNJ. O mandato é de dois anos.
Fonte: STJ
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