“O Consórcio Tração 3 (formado pela Alstom Brasil Energia e Transporte e pelo Grupo Tejofran) já pode retomar as obras de implantação do terceiro trilho na Linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo. A decisão é do Tribunal de Justiça de São Paulo por meio de medida liminar do desembargador Oswaldo Luiz Palu, da 9ª Câmara de Direito Público.
O caso envolve a concorrência que selecionou o consórcio de empresas que vai elaborar o projeto, fornecer e implantar o terceiro trilho na linha que liga as estações Palmeiras-Barra Funda e Corintians-Itaquera.
O terceiro trilho é um sistema que alimenta a composição com energia elétrica e fica pouco acima dos trilhos. Os trens do Metrô são diferentes das composições da CPTM, que são alimentadas com energia em fiação instalada acima do teto.
O despacho do desembargador do Tribunal de Justiça atende pedido feito pelo Metrô, contrário à suspensão da licitação. A concorrência foi suspensa pelo juiz Luís Paulo Aliende Ribeiro, da 4ª Vara da Fazenda Pública.
Em abril o consórcio Tração 3 venceu a concorrência. Quatro empresas que se sentiram prejudicadas bateram à porta do Judiciário. A Tisa (Triunfo Iesa Infra Estrutura), a Construtora Monteiro de Castro, a Engefel Engenharia Civil e Ferroviária e a Ina Representações e Sérviços Técnicos Ltda questionam o resultado da licitação.
Essas empresas apontam que não foi respeitada a obrigação do vencedor de apresentar projeto do sistema de terceiro trilho com capacidade de 3 mil ampéres.
A Linha 3 conta com 22 km de extensão e 18 estações, que ligam a Barra Funda a Corinthians-Itaquera. A Linha transporta cerca de 310 milhões de passageiros por ano.”
Fonte: Conjur