12 maio 2008 @ 7:45 PM 

Em entrevista concedida à Rádio Senado, a presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões CorporativosEntenda o assunto , senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), anunciou ter convocado reunião para esta terça-feira (13), a partir das 9h30, para a apreciação de 101 novos requerimentos.

Dentre esses requerimentos, destacam-se as convocações do secretário de Controle Interno da Casa Civil da Presidência da República, José Aparecido Pires, e de André Eduardo Fernandes, assessor do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), apontados por investigação do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) como responsáveis pela divulgação do dossiê sobre gastos com cartões corporativos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de sua esposa, Ruth Cardoso. Também será realizada audiência pública para ouvir o reitor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ulysses Fagundes Neto, sobre denúncia de gastos irregulares que efetuou com cartão corporativo do governo federal.

Marisa Serrano disse que será muito estranho se, nesta reunião, a base do governo votar contra a convocação de José Aparecido. Para ela, é fundamental ouvir os dois funcionários apontados como responsáveis pelo vazamento das informações para conhecer o problema.

– Tínhamos apenas um documento apócrifo em papel. Tínhamos a ministra dando entrevista e dizendo que se tratava de uma planilha Excel e que poderia ser falsificada, porque nesse tipo de arquivo cada um põe o que quer. E agora nós temos uma figura, uma pessoa real, que fez, que acompanhou, que botou a mão na massa, que sabia do acontecido. E nós, do Congresso, não vamos nem perguntar a ele o que aconteceu? – indagou.

A senadora acredita que deve haver um motivo para que, após seis anos, um governo resolva pinçar alguns dados referentes a gastos sigilosos do governo anterior e, em sua opinião, é preciso saber qual é esse motivo. Ela disse ainda que é preciso saber se José Aparecido vazou o dossiê apenas para André Eduardo.

Marisa Serrano disse ainda que não considera este o momento apropriado para convocar a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. A presidente da CPI Mista dos Cartões Corporativos prefere ouvir primeiro os dois funcionários e saber mais fatos a respeito da história do dossiê, como, por exemplo, se o levantamento de dados para o dossiê foi feito a mando da secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Alves Guerra.

– A Erenice não faria isso sem ordens superiores. Ela comanda vários servidores de várias secretarias do Palácio do Planalto. Portanto, tinha um objetivo, e não era o de arrumar a papelada do governo Fernando Henrique. A pedido do Tribunal de Contas da União (TCU) também não foi – afirmou a senadora.

Marisa Serrano também não vê motivos para a convocação do senador Alvaro Dias neste momento. Ela lembrou que o senador já explicou a forma como tomou conhecimento do dossiê (através de seu assessor), interessando saber, agora, como foi feito o dossiê e com que objetivo.

– Não tem sentido querer saber quem vazou a notícia de um assassinato e não querer saber quem matou. A partir dos depoimentos, vamos saber que rumos a CPI Mista vai tomar, além de fazer uma legislação que coíba o mal uso dos recursos públicos através dos cartões corporativos – concluiu.

Fonte: Agência Senado

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Posted By: TFSN
Last Edit: 12 maio 2008 @ 08:46 PM

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