“Parece eu… A minha situação hoje também é essa”, brinca o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao ler as primeiras linhas do subtítulo do meu livro “Uma Vida Nova e Feliz”, que lhe trouxe de presente, onde está escrito: “…sem poder, sem cargo, sem carteira assinada, sem crachá…”
Afável como de costume e mais tranqüilo do que nunca, FHC estava sentado numa moderna poltrona igualzinha à do presidente da República no Palácio do Planalto. Conversamos sem pressa no final de tarde da última terça-feira, em seu confortável gabinete no sexto andar de um prédio bem antigo que dá vista para o Vale do Anhangabaú, em São Paulo, onde está instalado o Instituto Fernando Henrique Cardoso, seu atual local de trabalho.
Brasília – O governo vai decidir na segunda-feira, durante reunião da coordenação política, uma forma de aumentar a arrecadação para investir na área da saúde, segundo informou o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro.
O objetivo é compensar o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a provável aprovação da Emenda à Constituição nº 29, que obriga o governo a investir R$ 20 bilhões em saúde até 2010. O texto já foi aprovado no Senado e deve entrar na pauta da Câmara após o feriado de Corpus Christi, na próxima quinta-feira (22).
“Não tem nada definido, o que estamos fazendo é um levantamento, uma avaliação. Vamos bater o martelo na reunião de segunda”, disse Múcio.
A presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões CorporativosEntenda o assunto , senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), disse nesta sexta-feira (16), em entrevista coletiva à imprensa, que se o ex- secretário de Controle Interno da Casa Civil da Presidência da República, José Aparecido Pires, mentir durante o depoimento marcado para próxima terça-feira (20), poderá sair preso da reunião.
– Se tivermos condições de saber e provar que José Aparecido realmente está mentindo, ele pode sair preso. Não sei o que os advogados dele estão aconselhando, mas ele só tem duas alternativas, ou fica quieto ou conta tudo o que aconteceu – disse.
A vontade política faz milagres. Transforma dois mais dois em seis e, pior, torna lei o resultado dessa soma, hoje com o nome de Constituição Federal de 1988. A equação que levou à concretização da vontade política na carta maior que rege o Brasil é defendida, sem meias palavras, pelo economista e político Delfim Neto.
“Nós vivemos hoje os resultados da Constituição de 1988, que é o resultado do sonho com falta de aritmética.” Para o ex-ministro do regime militar e hoje conselheiro informal de Lula, a lei maior do país consagrou um sistema tributário já destruído. O tal sistema foi instituído com o Código Tributário Nacional, de 1967, tempos de ditadura do país e de Delfim ministro da Fazenda. Segundo Delfim, o CTN foi sendo destruído ao longo dos 20 anos desde sua aprovação em 1967. O resultado final desse processo de destruição foi oficializado e incorporado à nova Constituição em 1988.