São Paulo – Vários contratos firmados entre empresas públicas paulistas e a empresa francesa Alstom foram considerados irregulares pelo Tribunal de Contas do estado de São Paulo (TCE). Com o Metrô, por exemplo, o TCE viu irregularidades em pelo menos três contratos – um deles atingindo o valor de R$ 500 milhões para a compra de trens.
A empresa Alstom é suspeita de ter pago propinas em contratos assinados com empresas paulistas. O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo e o Ministério Público Estadual investigam esses contratos.
De acordo com o Tribunal de Contas, o contrato de R$ 500 milhões foi fechado em 10 de março de 1992 com a Material Ferroviário S.A. (Mafersa) – mais tarde adquirida pela Alstom – para o fornecimento de 22 trens, sendo 16 deles para a linha leste-oeste do metrô e os demais para a extensão Itaquera-Guaianases. A irregularidade apontada pelo Tribunal de Contas se deu quando as partes acrescentaram ao contrato, em maio do ano passado, o aditivo 11, que prevê “majorar [subir] o valor do contrato em R$ 70 milhões”, aumentar de 22 para 27 o número de trens e atualizar tecnologicamente o metrô.