A ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, rebateu nesta quinta-feira (12) a nota do escritório de advocacia de Roberto Teixeira (leia a íntegra aqui), que negou na quarta ter exercido pressão no processo de venda da Varig e VarigLog. Teixeira é amigo e compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Também por meio de uma nota, Denise Abreu disse apenas que “contra fatos não há argumentos”. A ex-diretora da Anac depôs por nove horas na Comissão de Infra-Estrutura do Senado nesta quarta-feira (11) sobre o processo de venda da companhia aérea ao fundo norte-americano Matlin Patterson e três sócios brasileiros.
“Havia uma pressão exercida sobre a área de segurança operacional para que toda documentação apresentada pelo escritório Teixeira Martins fosse agilizada. Como se a Anac não tivesse nada para fazer”, afirmou em seu depoimento. Ela também disse que Valeska Teixeira, filha de Teixeira e afilhada de Lula, teria tentado pressioná-la para dispensar exigências para a transferência de controle acionário da empresa.
Nesta quinta, Lula ironizou o depoimento de Denise Abreu no Senado. “Precisa perguntar para Freud. Só Freud explica aquilo lá”, disse. Segundo ele, “o governo não teve nenhuma participação porque a Justiça assumiu para si [o processo de recuperação judicial da Varig]”.
Segundo Lula, Denise não conseguiu provar o que disse. Ele classificou as denúncias de tráfico de influência envolvendo o advogado Roberto Teixeira, seu amigo e compadre, de “abomináveis”.
Leia a íntegra da nota de Denise Abreu.
“Com relação à nota distribuída pelo escritório do Dr. Roberto Teixeira, compadre do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, entre outras atividades, advogado do capital estrangeiro que almeja o controle da VarigLog, uma frase define o meu pensamento:
– Contra fatos não há argumentos.
Denise Abreu
Advogada, ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil, ANAC.“
Fonte: G1 – Globo
[…] “É bom ter os números. Contra números, não há argumentos”. A afirmação é do presidente do Senado, Garibaldi Alves, (já para Denise Abreu, “contra fatos não há argumento”) ao comentar a resistência do governo à proposta contida na emenda que estende a aposentados e pensionistas o mesmo percentual com que é reajustado o salário mínimo, previsto em projeto de lei do Executivo. A emenda, aprovada pelo Senado em 9 de abril, acaba de ser referendada por uma comissão especial da Câmara e deve agora ser deliberada pelo Plenário daquela Casa. Para o governo, não há como a Previdência arcar com mais essa despesa. […]