Executiva Nacional do Democratas reuniu-se na tarde desta quinta-feira (10) para analisar a decisão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, de se desfiliar do partido. A decisão foi confirmada pelo próprio governador aos parlamentares, por telefone, pouco antes da reunião, na sede do Diretório Nacional do DEM, no Senado.
O presidente nacional do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que a decisão de Arruda torna desnecessária a reunião que seria realizada nesta sexta-feira (11), em que o DEM optaria pela expulsão ou permanência do governador no partido.
O governador do Distrito Federal, o vice-governador e o presidente da Câmara Legislativa e vários outros deputados e autoridades do DF são acusados, juntamente com deputados distritais, assessores, empresários e jornalistas, de participarem de um esquema de corrupção no DF, revelado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal.
Questionado pela imprensa sobre a posição do partido com relação aos demais envolvidos na Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, Rodrigo Maia afirmou que essa é “uma questão para outro momento”. Ele afirmou que o partido não vai se omitir, mas vai analisar “cada coisa no seu tempo”.
– Hoje foi a desfiliação do governador do partido, e a decisão [de desfiliação] é melhor que uma votação – afirmou Rodrigo Maia.
O líder do Democratas no Senado, senador José Agripino (RN), também defendeu o exame, pelo partido, das demais denúncias “com a devida atenção”. Ele lembrou que a instalação de processos disciplinares de deputados distritais e estaduais deve ser feita pelos diretórios regionais.
Questionado sobre como o vice-governador do DF, Paulo Octávio, que preside o Diretório do DEM no Distrito Federal e também é citado na operação da PF, teria condições de conduzir as investigações, o senador afirmou que a Executiva Nacional o fará, caso o Democratas do DF não o faça.
Fonte: Agência Senado