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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (17), durante lançamento do PAC em Ribeirão das Neves (MG), que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) é “mãe, avó e tia” do Programa de Aceleração do Crescimento.

Mais cedo, a ministra, que acompanha Lula em Minas Gerais e é tida como a pré-candidata preparada pelo governo para concorrer à sucessão em 2010, cometeu uma gafe ao chamar de ‘comício’ o evento de vistoria de obras do PAC em Belo Horizonte.

“A Dilma é na verdade, a mãe, a avó e a tia do PAC. Aprendi que se a gente anuncia um obra e não fica atrás dela o tempo inteiro, essa obra não acontece. A Dilma coordena um conselho gestor, que participa ela, o ministro da Fazenda, o do Planejamento, o do Transporte, das Cidades e da Integração. Por que? Senão a gente anuncia o dinheiro e passa o mandato e o dinheiro não chega, não sai do Tesouro, muitas vezes porque os prefeitos não tem experiência e não cumprem as exigências”, disse Lula.

Em Ribeirão das Neves, o presidente voltou a rebater críticas da oposição que vê o lançamento do programa pelo país como eleitoreiro. Lula voltou a dizer que está “muito à vontade” porque não é candidato a prefeito.

“Agora é época de eleição. Agora é que vocês precisam descobrir quem esteve, está com vocês há muito tempo ou quem vai aparecer de última hora achando que é milagreiro”, disse.

‘Rico não precisa de governo‘

Ao criticar os candidatos que, segundo ele, ao se elegerem esquecem as necessidades dos mais pobres, Lula afirmou que os ricos não precisam do governo.

“É importante depois que ganha não esquecer das necessidades do mais pobre. Porque na verdade, o rico não precisa do governo. Por que o [vice-presidente] José Alencar vai precisar do governo? O José Alencar é rico. Eu não preciso do governo. Essas pessoas aqui [autoridades presentes] não precisam, cada um mora numa casa boa, com asfalto, água, luz, escola. Quem não tem é o povo pobre desse país”, disse.