O presidente do Senado, Garibaldi Alves, leu ontem o requerimento da oposição que cria a comissão parlamentar de inquérito para investigar o uso dos cartões corporativos formada apenas por senadores. O ato cumpriu a decisão dos líderes partidários que, em reunião na residência oficial do Senado, no início da tarde, optaram pela instalação da CPI.
O fato já abriu um novo embate entre governo e oposição, no Senado, que pode manter paralisados os trabalhos legislativos da Casa.
A indicação do presidente e do relator da nova CPI já é alvo de disputa. Isso porque está sendo questionado o acordo pelo qual a presidência da CPI dos Cartões foi entregue ao PSDB em troca do sobrestamento do requerimento de criação da CPI no Senado, apresentado em fevereiro. Com a nova comissão, segundo os governistas, esse entendimento termina.
O requerimento lido ontem repete o de fevereiro, incluindo fatos mais recentes divulgados na imprensa. O documento reuniu 32 assinaturas, cinco a mais que o mínimo exigido. Os líderes oposicionistas decidiram pedir a sua leitura por considerar que o funcionamento da CPI Mista é insatisfatório.
Garibaldi explicou que a Constituição permite que as duas Casas do Congresso, Câmara e Senado, façam suas próprias investigações por terem autonomia.
Apesar das expectativas da oposição de que a nova CPI represente a investigação de irregularidades com cartões corporativos, o presidente do Senado demonstrou incredulidade.
– Qualquer pessoa de bom senso haverá de chegar à conclusão que uma CPI precisa ter tranqüilidade para apurar a verdade. Duas comissões sem tranqüilidade, sem compreensão dos verdadeiros deveres de uma apuração, eu faço pouca fé nesse trabalho – disse.
Fonte: Jornal do Senado
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