-=HSN=- ADVOGADOS

Os integrantes do 5º Grupo de Câmaras de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo se reuniram nesta terça-feira (23) para homenagear o desembargador Osmar Testa Marchi, que participou de sua última sessão de julgamento antes deixar os quadros da magistratura paulista.

O desembargador Antonio Vilenilson Vilar Feitosa abriu os trabalhos citando Tristão de Ataíde ao dizer que ‘a vida é uma sucessão de adeuses’. “Despedimos-nos desde o dia em que sai o resultado do concurso de ingresso na magistratura e somos aposentados das comarcas, das varas e dos processos. Desejo sorte nessa nova etapa da vida e espero que se despeça apenas do Judiciário e não da gente”. O procurador de Justiça José Luís Alicke emocionou os presentes ao citar Antoine de Saint-Exupéry: “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si e levam um pouco de nós.” Ele concluiu falando da alegria ao agradecer o grande legado e os sólidos ensinamentos que o colega passou ao longo de sua carreira na magistratura.

Para o desembargador João Carlos Saletti, “do ponto de vista da magistratura, foi uma aquisição extraordinária tê-lo conosco. Do ponto de vista pessoal, sua maneira de levar a vida com leveza é algo que nos enriquece no dia a dia”.

O presidente da 9ª Câmara de Direito Privado, desembargador Paulo Roberto Grava Brazil, disse que quanto mais se gosta da pessoa, mais difícil é falar dela. “É um bom juiz, um bom amigo, um bom companheiro de viagem, uma pessoa alegre. Tem um ditado que diz que as grandes amizades são feitas na juventude. Felizmente esse não é o caso. Fiz grandes amigos no judiciário e o Osmar é um deles. A despedida dessa fase de trabalho é muito marcante. O vazio daquele que compartilhou conosco o dia a dia não tem como ser preenchido. Você é especial, é alguém capaz de nos tornar melhores”, finalizou emocionado o amigo.

Osmar Testa Marchi agradeceu as manifestações de carinho dos companheiros e funcionários e disse que todas elas tornarão ainda mais difícil suportar a dor da saudade. Concluiu dizendo que a aposentadoria é uma espécie de domingo eterno. “Preciso conviver com a dor da despedida. Tentarei driblar essa máxima e partir para outra aventura. Afirmo com segurança que vocês todos iluminaram o meu caminho, muito obrigado”, concluiu.

Trajetória – Nasceu em 1941, na cidade de Serra Negra. Formou-se bacharel pela Faculdade de Direito de São Carlos, turma de 1973. Ingressou na magistratura em 1978, na Comarca de Pirassununga. Ao longo da carreira trabalhou nas comarcas de Nhandeara, Itapira, Piracicaba e da capital. Foi promovido a juiz do Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo em 2002, chegando ao cargo de desembargador do TJSP em 2005.

Fonte: Comunicação Social TJSP – AG (texto) / AC (foto)