A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) se valorizou pelo terceiro dia consecutivo, impulsionada pelo ambiente positivo nos mercados internacionais em relação à situação da economia dos Estados Unidos.
O Ibovespa, principal indicador do mercado brasileiro de ações, subiu 1,6%, para 59.529 pontos, com volume financeiro negociado de R$ 5,76 bilhões. Na segunda-feira (28), o índice havia subido 1,97%; na quinta-feira da semana passada (24), a alta tinha sido ainda mais expressiva, de 5,95%.
Desse modo, a valorização nesses três dias de fechamento positivo chegou a 9,76%, o que fez perdas acumuladas em 2008 diminuírem para 6,82%. No início da semana passada, o Ibovespa perdia quase 16%.
O dólar, ao contrário, seguiu no caminho inverso e fechou em queda pela terceira sessão seguida. Desta vez, a moeda norte-americana desvalorizou 0,17% e fechou a terça-feira sendo vendida a R$ 1,781.
Mercados internacionais:
A expectativa de que o Fed (Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos) reduza sua taxa básica de juros (hoje em 3,5% ao ano) ajudou a puxar para cima os mercados internacionais de ações.
Na Europa, as principais Bolsas fecharam em alta pela primeira vez nos últimos três pregões, em meio às crescentes expectativas de que o banco central americano (Fed) corte a taxa de juros novamente para dar impulso à economia dos Estados Unidos.
Os mesmos motivos otimistas imperaram nos mercados asiáticos. As Bolsas asiáticas fecharam em alta os negócios desta terça-feira, graças às expectativas sobre um novo corte nos juros pelo Federal Reserve, o que animaria a atividade econômica dos EUA, que são um dos principais destinos das exportações da região.
Crise nos EUA:
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira o plano de estímulo econômico de US$ 146 bilhões de dólares proposto pelo presidente dos EUA, George W. Bush.
No dia anterior, em seu discurso anual, Bush, havia pedido ao Congresso a aprovação do pacote de medidas de estímulos à economia de seu país. O chefe de governo considera que o atual período é de incertezas nos EUA.
Autoridades européias também se mostram preocupadas com o cenário econômico. Os governos de Reino Unido, França e Itália reúnem-se em Londres para analisar a melhor maneira de responder à crise.
Ouro bate recorde:
O preço da onça de ouro marcou hoje um novo recorde em Londres, a US$ 933,33, segundo dados da Bloomberg. Continuam os problemas de produção de ouro na África do Sul, onde as fábricas suspenderam suas operações na sexta-feira passada para economizar energia.
O ouro vem registrando forte alta nas últimas semanas, durante a crise nos mercados financeiros.
(Com informações de France Presse, EFE, Reuters e Valor Online)
Fonte: UOL