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Assim que for resolvido o impasse sobre a relatoria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, a CPI da Petrobras será instalada, afirmou à imprensa o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro nesta terça-feira (2), em visita ao Senado.

– Não podemos ficar com duas frentes – disse o ministro aos jornalistas, referindo-se às duas CPIs.

Parlamentares governistas argumentam que não garantiram quórum para a instalação da CPI da Petrobras, prevista para as 14h desta terça-feira, porque o presidente da CPI das ONGs, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), deu o cargo de relator da comissão ao senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), contrariando acordo segundo o qual a relatoria ficaria com a base do governo.

O ministro admitiu, porém, que além da questão da relatoria da CPI das ONGs, falta o PMDB e o PT “se afinarem para saber quem é presidente e relator” da comissão que investigará possíveis irregularidades na Petrobras e na Agência Nacional do Petróleo (ANP).

– No final vai se resolver, são os dois maiores partidos da base do governo e têm consciência da responsabilidade que têm com o governo e com a CPI em relação a esse enfrentamento da CPI da Petrobras – disse Múcio.

O ministro afirmou também que o governo não tem preocupação em “ficar refém do PMDB”. Para Múcio, nem o PMDB faria isso nem o governo pode se sentir assim.

– Precisamos nos preocupar é que as questões eleitorais de 2010 não contaminem um ano tão difícil como esse em que estamos enfrentando a crise – declarou.

O ministro reconheceu que “o governo não gosta da CPI” e que nunca escondeu isso, mas acredita que a comissão poderá ser uma “oportunidade de mostrar à sociedade a importância da Petrobras e o que a empresa representa para a economia brasileira”. José Múcio acredita que ainda hoje os impasses em relação à CPI deverão ser resolvidos.

Ele veio ao Senado para tratar de proposta de alteração na Lei de Falências de forma que, em processos de recuperação judicial, os produtores de carne tenham prioridade.

Fonte: Agência Senado